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O futuro da educação

17 agosto 2021 | Gestão Escolar

Saiba quais são algumas das principais tendências de aprendizagem para o futuro da educação.

Uma aprendizagem mais acessível, envolvente e personalizada – e que tenha a tecnologia como grande colaboradora em todo esse processo. É para isso que apontam algumas das principais tendências no universo educacional, que nos ajudam a vislumbrar o futuro da educação. Favorecendo um currículo mais flexível, que proponha metodologias ativas para incentivar a participação e o engajamento dos estudantes, o foco é uma educação inovadora e mais relevante aos alunos, que leve em conta o contexto no qual eles estão inseridos e os prepare para os desafios do mundo.

Aprendizado pela experiência

futuro da educação

É por meio da experimentação e do erro que os alunos aprendem, exercitando o raciocínio lógico, a criatividade e a imaginação ao longo do processo. Assim, é fundamental que as escolas proporcionem um conteúdo que dialogue com a realidade dos estudantes. Propor experiências que se aproximem de seu cotidiano e das comunidades nas quais estão inseridos para despertar maior interesse pelos assuntos apresentados é uma opção. Por isso, investir e respeitar o que cada um traz consigo é garantir um aprendizado individual e efetivo. Isso porque permite ao aluno levantar hipóteses que são pertinentes à sua realidade, fazendo com que ele compreenda melhor o que estuda e não simplesmente acumule dados e informações.

Para Emerson Santos, do Sistema Positivo de Ensino, inserir os alunos num ambiente em que possam fazer questionamentos e aprender pela experiência, sempre tendo como fundamento o interesse pelo tema estudado, é essencial. “É preciso traçar uma jornada do aprendizado em que o professor nunca vai dar as respostas prontas, mas orientar os alunos sobre como podem chegar ao resultado, passando por pesquisas e experiências”, explica o diretor.

Professores são mediadores e curadores do conteúdo

futuro da educação

Com as profissões do futuro totalmente transformadas pela automação acelerada de processos, os alunos precisam se tornar “life learners”, ou seja, aprender e se qualificar ao longo da vida. Diante disso, os educadores devem atuar como curadores, e não repassadores ou detentores de conhecimento. O modelo educacional precisa estar focado em ensinar a pensar, a aprender e a agir. Para tanto, escolas e professores devem estar preparados para esse desafio. Favorecer metodologias ativas, como a sala de aula invertida, por exemplo, e propor projetos e abordagens interdisciplinares podem ser alternativas muito positivas. Dessa forma, “o aluno aprende com a escola e a escola aprende com o aluno”, ressalta Emerson.

Mobile learning

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O uso de dispositivos móveis, como laptops, smartphones e tablets, faz parte do cotidiano dos alunos e indica uma oportunidade para inovar e ampliar o processo de ensino e aprendizado. Por meio do mobile learning, é possível utilizar videoaulas, aplicativos, livros digitais e redes sociais acadêmicas. Esses recursos favorecem o pensamento crítico e a capacidade de argumentação dos estudantes. Eles podem realizar pesquisas acadêmicas aprofundadas de forma mais acessível e colocar em prática a teoria aprendida em sala. No entanto, para que isso funcione, professores precisam estar capacitados para explorar as ferramentas e é fundamental que as escolas forneçam a infraestrutura necessária.

Gamificação

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O uso de jogos educativos, dentro e fora de sala aula, representa uma maneira divertida e poderosa de motivar os alunos e engajá-los em seu próprio processo de aprendizagem. Isso porque, durante a “brincadeira”, eles podem criar personagens, ganhar prêmios (bônus), garantir pontos por cada acerto ou missão/desafio cumprido e passar de “fase” para níveis mais difíceis – que nada mais é do que se aprofundar e aprender mais sobre determinado assunto. Portanto, inserir essas atividades contribui para o desenvolvimento de habilidades como o espírito de equipe, a criatividade e a persistência.

Habilidades são mais importantes do que técnicas

As crianças de hoje provavelmente irão trabalhar em profissões que ainda não existem ou são pouco conhecidas. Por isso, o futuro da educação deve levar em conta não apenas competências técnicas, que perdem valor em um mercado de trabalho interessado em profissionais criativos, resilientes e preparados para se adaptar a mudanças e encarar desafios. Nesse sentido, as escolas devem focar mais em incentivar os alunos à autonomia, à criatividade, à colaboração e à inovação. Tudo isso usando a tecnologia como suporte de aprendizagem e respeitando as habilidades individuais, os modos de agir e de pensar de cada um, que são essenciais para a formação.

Realidade virtual na sala de aula

Potente ferramenta de engajamento, a realidade virtual gera curiosidade, é divertida e traz a experiência para a sala de aula. Além disso, seguindo o conceito de que a melhor forma de aprender é na prática, ela proporciona experiências totalmente imersivas. Isso possibilita ao aluno maior proximidade dos conteúdos estudados e auxiliando também na memorização e entendimento do tema. Nesse contexto, estudar a anatomia humana realmente vendo o formato de um coração, cor e artérias pulsando com certeza, é mais interessante do que apenas ver imagens estáticas em livros didáticos, por exemplo.

Inteligência Artificial

A inteligência artificial pode ajudar a promover uma ideia há muito tempo discutida na educação: a personalização. Com plataformas digitais e inteligentes, é mais simples definir para cada aluno uma trilha de aprendizado diferente. Isso porque, por meio do histórico deixado nesses ambientes, é possível coletar e analisar os dados individualmente e entender a forma como cada um aprende. “Essa tecnologia também pode auxiliar em atividades rotineiras, como lembrar alunos sobre datas de entrega de trabalhos, reforçar o conteúdo, tirar dúvidas, fazer testes e avaliar o desempenho”, finaliza o Diretor-Geral da Editora Positivo.

Para relembrar: Prepare a sua escola para essas tendências do futuro da educação

  • O professor do futuro se destacará por ser curador de conteúdos, bom líder e analista capaz de fazer diagnósticos cognitivos. Nesse sentido, ajudar o aluno a organizar o seu aprendizado passa a ser prioridade.
  • O domínio do conteúdo, a atualização tecnológica e a capacidade de comunicação do educador serão grandes diferenciais. Os alunos podem ter mais conhecimento sobre tecnologia, mas muitas vezes não sabem usá-la de modo pertinente. Portanto, a instituição precisa apoiá-los a pensar criticamente e a agir de maneira segura no mundo digital.
  • Mais do que ensinar por meios tradicionais, as escolas devem ser laboratórios de uma sociedade mais justa e comprometida. Assim, os alunos precisam ser encorajados a compartilhar sua voz para que se tornem grandes agentes de transformação.
  • O educador preparado para os desafios e novas tendências da educação deverá também manter um bom relacionamento com a turma. Precisará demonstrar empatia e ter desprendimento para colocar o aluno em um papel de protagonista. E, além disso, deixar a criança perceber que ela é também uma fonte de conteúdo.

Saiba mais

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