Para que serve, quanto vale, qual é a estrutura e o que mais cai no Enem?
Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tinha como objetivo inicial apenas avaliar a qualidade do Ensino Médio no Brasil. Alguns anos mais tarde, o exame se tornou a principal porta de entrada para as universidades federais e estaduais no país.
Todo ano, milhões de estudantes, das redes pública e privada, preparam-se para enfrentar esse que é um dos maiores desafios da trajetória de qualquer aluno. Mas, o quanto você sabe sobre o Enem?
Nos próximos dias 17 e 24 de janeiro, o exame será aplicado no formato impresso e, até lá, você pode tirar as suas dúvidas no guia que preparamos:
O que é e para que serve o Enem?
O Exame Nacional do Ensino Médio é um teste, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), aplicado anualmente para avaliar o desempenho dos alunos que estão concluindo a educação básica e colaborar para:
- O acesso à educação superior: com as notas do exame, os alunos podem ingressar em universidades federais e estaduais, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ou em instituições privadas, com bolsas integrais ou parciais concedidas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) a estudantes de baixa renda que estudaram em escolas públicas. Vale lembrar que em 2021 a nota obtida nas provas do Enem realizadas em janeiro não poderão ser utilizadas no Sisu do primeiro semestre. A justificativa para a decisão, segundo o Ministério da Educação, é que isso atrasaria o início das aulas nas universidades.
- O acesso a financiamento e apoio estudantil: fazer o Enem e obter uma nota média de 450 pontos (sem zerar a redação) é um dos requisitos para conseguir financiar a faculdade pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
- Autoavaliação: os estudantes conseguem ter uma noção do seu desempenho em diversas áreas do conhecimento, podendo conhecer melhor seus pontos fortes e fracos.
- Desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais: o Enem levanta dados estatísticos sobre a qualidade do Ensino Médio no Brasil e oferece às escolas indicadores que as ajudam a entender sua posição entre as demais instituições em todo o país.
Qual é a estrutura do Enem?
O exame é composto por quatro provas (de áreas do conhecimento diferentes), com 45 questões objetivas cada, e uma redação, de no máximo 30 linhas.
- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Arte, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação.
- Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e Sociologia.
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Química, Física e Biologia.
- Matemática e suas Tecnologias: Matemática.
- Redação: texto dissertativo-argumentativo, que deve ser desenvolvido com base em uma situação-problema proposta na prova.
Atualmente, a aplicação do exame ocorre em dois finais de semana. No primeiro dia, os alunos fazem as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e Redação. No segundo, é o momento de enfrentar mais 90 questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias
O que mais cai?
Sim, o Enem cobra muito conteúdo. Mas, analisando suas edições anteriores, já é possível apontar os temas que mais caem no exame. Confira o top 5 de cada componente curricular, segundo o Guia do Estudante.
- História: 1) Segundo Reinado; 2) Baixa Idade Média; 3) República Velha; 4) Era Vargas; 5) governos pós-regime militar.
- Geografia: globalização, climatologia, cartografia, urbanização e indústria.
- Filosofia: 1) filosofia contemporânea; 2) Escola Sofística, Sócrates e Platão; 3) Aristóteles e Escola Helenística; 4) filosofia medieval; 5) Renascimento.
- Sociologia: 1) cidadania; 2) mundo globalizado; 3) economia e sociedade; 4) política, poder e estado; 5) cultura e educação.
- Língua Portuguesa: 1) estrutura e formação de palavras; 2) preceitos básicos dos estudos literários; 3) pontuação; 4) verbo; 5) Modernismo no Brasil: primeira geração.
- Interpretação de texto: 1) tipos de estudo; 2) funções da linguagem; 3) categorias de mundo; 4) intertextualidade; 5) narratividade.
- Arte: 1) elementos básicos de artes plásticas; 2) vanguardas europeias; 3) elementos básicos da música; 4) música no século XX; 5) Artes nos séculos XV e XVI.
- Educação Física (apenas três temas são apontados pelo Guia): 1) esportes adaptados; 2) esporte e espetáculo; 3) cuidados com a saúde .
- Inglês e Espanhol: apenas interpretação de texto;
- Matemática: 1) funções; 2) noções básicas de estatísticas; 3) probabilidade; 4) áreas de figuras planas e polígonos; 5) análise combinatória.
- Química: 1) compostos orgânicos; 2) leis ponderais e estequiometria; 3) reações inorgânicas; 4) termoquímica; 5) modelos atômicos e distribuição eletrônica.
- Biologia: 1) bioenergética; 2) genética; 3) relações ecológicas; 4) hematologia; 5) excreções.
- Física: 1) calorimetria; 2) impulso, quantidade de movimento e análise dimensional; 3) Geradores, receptores, capacitores e leis de Kirchhoff; 4) forças magnéticas, indução e fluxo; 5) refração e lentes.
Quanto vale?
O aluno participante do Enem recebe uma nota de 0 a 1000 em cada uma das provas objetivas e na redação. A média aritmética dessas cinco pontuações é a nota que será usada para concorrer a uma vaga pelo Sisu ou a uma bolsa pelo Prouni.
Vale ressaltar que o Enem se destaca pelo método utilizado na avaliação do desempenho dos estudantes. Trata-se da Teoria de Resposta ao Item (TRI), o algoritmo usado para corrigir e dar nota às questões da prova. O método busca legitimar o conhecimento dos alunos e é uma forma de impedir o “chute”.
Funciona assim: cada uma das 180 questões do exame tem um nível de dificuldade (fácil, médio ou difícil) e o algoritmo identifica, pelo padrão de erros e acertos do candidato, se ele acertou porque de fato sabia (leva o ponto inteiro da questão) ou se chutou (não recebe a pontuação cheia). Ou seja, a nota final não depende apenas do número de acertos, e sim do nível de dificuldade das questões que o aluno acertou e também das que errou.
Como aprovar mais no Enem?
Engajar o aluno, personalizar o ensino e promover experiências são algumas das ações indispensáveis para que sua escola aprove mais alunos no Enem. Isso tudo facilita o aprendizado e contribui com o grau de confiança dos estudantes. Confira cada uma das dicas detalhadamente e saiba mais no e-book que preparamos: Como ser referência em aprovações no Ensino Superior – 5 dicas essenciais.
O Enem na pandemia
Por conta da pandemia de Covid-19, que paralisou as aulas presenciais em escolas do Brasil e do mundo, a edição de 2020 do Enem ocorrerá apenas em 2021, nos dias 17 e 24 de janeiro.
Além disso, haverá a aplicação em computador para 100 mil estudantes que escolheram participar da primeira edição do Enem Digital, que conta com edital específico e está programada para os dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Mais informações sobre as novidades, você encontra no site do Inep.
Enem Positivo
Nós, do Sistema Positivo de Ensino, sabemos que é papel da escola preparar seus alunos da melhor forma para o Enem, pois formar profissionais que possam fazer a diferença no mundo é dever de todos que assumem um compromisso com a educação.
Por isso, estamos ao seu lado e oferecemos recursos focados nessa preparação para que a sua escola tenha os melhores resultados:
- Mais de 3 mil videoaulas.
- Aplicativo com banco de questões de vestibulares e do Enem para treinos personalizados;
- Avaliações e simulados on-line com acesso a relatórios para mostrar pontos fortes e fracos.
- Webestudantes com nossos assessores das diversas áreas do conhecimento.
- Aulões e lives com especialistas e influenciadores digitais.
Com tudo isso, 70% das escolas conveniadas estão entre os 10 primeiros lugares no Enem.
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