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Como lidar com o bullying na sua instituição

24 junho 2022 | Ensino

Saiba quais são os deveres das instituições com relação a esse problema e como lidar com o bullying na sua instituição.

Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou moral, intencionais e repetidos, que podem causar angústia e dor aos envolvidos. Segundo uma pesquisa de 2017, realizada pela ONU, metade das crianças e adolescentes do mundo já sofreu bullying em algum momento da vida escolar.

Questões como: aparência física, gênero, orientação sexual, etnia ou país de origem são pauta no dia a dia de 43% das crianças brasileiras, segundo o levantamento. Essas atitudes podem se desenvolver por meio de provocação, exclusão ou violência física, no meio físico ou on-line (cyberbullying). Na tentativa de combater e minimizar esse problema complexo, a escola precisa conhecer seu papel e as lei preventivas que já existem no país.

 

Fique atento às leis

 

O Brasil conta desde 2015 com a Lei no 13.185, a Lei de combate ao bullying, que define essa prática e determina como dever de estabelecimentos de ensino, clubes e agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática.

Em 2018, entrou em vigor a Lei no 13.663, chamada Lei de combate ao bullying nas escolas, que altera o artigo 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN) para incluir a promoção de medidas de conscientização, de prevenção e combate a todos os tipos de violência e a promoção da cultura da paz entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino.

Ambas as leis destacam as atribuições das instituições de ensino na promoção da cultura da paz: conscientização, prevenção e combate a diversos tipos de violência, como o bullying. Mas a lei 13.663 destaca como obrigação das instituições de ensino implementar um programa de combate ao bullying. A falta desse programa descumpre a determinação legal.

O que a escola deve fazer?

 

O programa de combate ao bullying, previsto por lei, pode ser elaborado e executado de maneira livre e autônoma pela instituição, seguindo o Projeto Político Pedagógico (PPP). Essa liberdade ajuda a pensar na melhor maneira de colocar programas de reabilitação e combate às práticas de violência escolar na instituição.

Dicas para pensar em um programa para sua escola

  • É importante que a escola se responsabilize pelas ações que ocorrem dentro da instituição e busque soluções reais para eles.
  • Entenda contextos: o bullying tem como base uma estrutura de poder. Ela é moldada pelas estruturas sociais em que crianças e adolescentes estão inseridas. Por isso, diálogo com pais, responsáveis e alunos é essencial para a compreensão dos contextos em que crianças e adolescentes estão inseridos.
  • Lembre-se: o bullying não se resume ao período de ação dos agressores. Ele pode afetar o desenvolvimento do indivíduo em setores como saúde, educação e vida pessoal de ambos os envolvidos. Crianças e adolescentes envolvidos nessas relações podem ter dificuldade de lidar com oportunidades e relações sociais na vida adulta, como prevê a pesquisa realizada pela ONU.
  • É preciso alinhar todos os colaboradores com relação às atitudes de conduta no caso da prática de bullying, além de receber treinamento para lidar de maneira empática com as vítimas. Essas atitudes ajudam no posicionamento da instituição frente ao problema.

 

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