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Como explicar o novo coronavírus para as crianças

27 março 2020 | Dicas

É preciso conversar com os pequenos para acalmá-los e protegê-los

O coronavírus (COVID-19) já é uma preocupação em mais de 140 países. Com as escolas parando suas atividades presenciais no Brasil e o isolamento social sendo recomendado pelas principais organizações de saúde pelo mundo, todos têm suas vidas e rotinas afetadas, e isso não é diferente com as crianças. Elas também são atingidas com tudo que escutam e veem on-line ou na TV, ficando particularmente vulneráveis a sentimentos como ansiedade, tristeza ou estresse. Por isso, conversar, usando a linguagem adequada, com seus filhos pequenos, esclarecer suas dúvidas e orientá-los quanto à situação atual é essencial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) disponibilizaram recentemente instruções para os pais e responsáveis sobre como fazer isso da melhor forma. Abaixo, sintetizamos os principais pontos para você.

Ouça a criança, faça perguntas e esclareça as dúvidas dela

Ambas as organizações ressaltam a importância de ter uma conversa aberta com as crianças sobre o vírus, sempre usando uma linguagem que elas entendam. É preciso ter cuidado para não se esquivar ou minimizar as preocupações delas. Demonstre que você está ouvindo, reconheça os sentimentos do seu filho e, se não souber resposta para alguma pergunta, não invente. Aproveite a oportunidade para descobrir juntos. Transmita calma e segurança, pois as crianças tendem a se espelhar na forma como os adultos lidam com as emoções em momentos como esse.

Ajude a criança a expressar os sentimentos de uma forma positiva

A pandemia do coronavírus pode despertar na criança sentimentos como medo e tristeza.  Assim, ajude ela a expressar isso de uma forma positiva, por exemplo, por meio de uma atividade criativa, como brincar e desenhar. “As crianças se sentem aliviadas se puderem expressar e comunicar seus sentimentos em um ambiente seguro e solidário”, afirma a OMS.

Mostre à criança como ela pode se proteger e proteger seus amigos

Mesmo se tratando de um grupo com uma taxa de infecção menor do que a dos adultos, a OMS defende que os cuidados com os pequenos devem ser os mesmos prestados com os grupos vulneráveis (idosos e pessoas com doenças cardíacas ou respiratórias, por exemplo). Portanto, você pode mostrar ao seu filho como cobrir o nariz e a boca com o cotovelo ao espirrar, pedir para que lhe avise caso se sinta mal com o corpo quente, fraqueza, dor de garganta ou falta de ar. Sobretudo, incentive a lavagem regular das mãos, inclusive usando materiais que se aproximem do universo infantil. “Não precisa ser uma conversa assustadora. Cante junto com a Galinha Pintadinha ou com o Palavra Cantada”, recomenda a Unicef.

Ofereça segurança e fique por perto

Em tempos de isolamento social, as crianças podem ficar ansiosas e carentes. Mantê-las com a família, onde elas se sentem protegidas é essencial. Busque deixar o ambiente o mais seguro possível, mantenha ou crie novas rotinas e oportunidades para elas brincarem e relaxarem. Se a região em que mora estiver enfrentando um surto e a criança estiver preocupada, lembre que ela não está propensa a contrair a doença, que a maioria das pessoas que ficam doentes são curadas e que muitos adultos estão trabalhando para resolver a situação.

Queremos estar ao lado dos alunos de todo o Brasil nesse momento de crise, causada pela Covid-19. Por isso, estamos disponibilizando videoaulas e outros conteúdos, que vão da Educação Infantil ao Ensino Médio para serem aproveitados durante a quarentena. Saiba mais sobre o SPE com você!