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Avaliações: quais são os tipos?

13 abril 2022 | Ensino

Nota, boletim, recuperação: esforçar-se no final de cada bimestre para alcançar a média necessária para a aprovação ainda é uma realidade para muitos estudantes. Mas, com avaliações periódicas, o acompanhamento constante da aprendizagem é um importante aliado para garantir um melhor desenvolvimento do ensino e, talvez, em um futuro próximo, mudar esse cenário.

Essa estratégia é positiva para lidar não apenas com as dificuldades normais de aprendizado, mas também com os impactos da pandemia na educação de crianças e adolescentes. Trata-se de uma maneira de identificar possíveis lacunas na absorção dos conteúdos e, com isso, corrigir a rota antes mesmo que o estudante passe pela avaliação somativa, que é a que estabelece notas e/ou conceitos.

Antes de mais nada, quais os tipos de avaliações que existem?

As avaliações são um recurso pedagógico fundamental para compreender como a aprendizagem dos estudantes está acontecendo. Para que as avaliações sejam utilizadas com eficiência, é importante conhecer os principais tipos e como funcionam. São elas:

  • Avaliação diagnóstica: permite constatar defasagens e lacunas, além de identificar se o problema está no conceito do conteúdo trabalhado ou no cognitivo do estudante. Esse tipo de avaliação geralmente é usado para direcionar o ensino, de forma que o professor possa realizar o seu planejamento de acordo com as necessidades dos estudantes.
  • Avaliação formativa: ela ajuda o professor a acompanhar a evolução da aprendizagem de cada aluno. É direcionada para o constante registro, monitoramento e análise do progresso da aprendizagem dos estudantes ao longo do tempo.
  • Avaliação somativa: ela classifica o aprendizado de acordo com notas e/ou conceitos. Utilizada de maneira cumulativa no final de etapas ou ciclos para verificar e classificar quanto dos conteúdos abordados nas aulas foi assimilado pelos estudantes. O seu resultado é convertido em registro númerico/parecer, cumprindo assim as exigências legais na elaboração dos documentos comprobatórios relacionados ao desempenho dos alunos.

*IMPORTANTE!*

Lembre-se sempre de considerar a intencionalidade pedagógica na hora de escolher o tipo de avaliação a ser utilizado. O propósito, o formato e o momento de aplicação são elementos que podem gerar impactos diretos nos resultados das avaliações.

E como avaliar na prática?

Por serem recursos que fornecem dados sobre como o aprendizado de alunas e alunos está progredindo, as avaliações são importantes para orientar o trabalho dos professores. Elas ajudam na coleta de informações, possibilitando um direcionamento mais preciso às intervenções pedagógicas. As avaliações auxiliam também no ajuste do ensino, conforme é observado e analisado o perfil dos estudantes. Isso faz com que os planejamentos sejam feitos levando-se em conta tanto as necessidades dos alunos quanto os objetivos de aprendizagem estabelecidos.

De acordo com a coordenadora editorial de avaliações do Sistema Positivo de Ensino, Deise Lucide Martins Dos Santos, a mudança no perfil de avaliações tem trazido bons resultados. “Em 2020, percebemos que seria necessário encontrar um caminho para acompanhar mais de perto o que os estudantes estavam, de fato, aprendendo, em meio à pandemia e ao ensino remoto. Foi por isso que criamos a avaliação diagnóstica, que ajuda a entender se aquele aluno classificado como bom realmente consolidou a aprendizagem”, explica. Desde 2021, todas as escolas conveniadas passaram a contar com uma solução integrada de avaliações.

A avaliação não é um inimigo, mas um aliado!

De acordo com Deise, mais que uma mudança de processo, trata-se de uma mudança de paradigmas. “É fundamental trabalhar com os estudantes para que eles não vejam a avaliação como o terror da escola. Ela deve ser uma possibilidade, e não um acerto de contas. Se pautar o aprendizado pela ameaça da avaliação, o aluno vai aprender só momentaneamente, porque ele depende daquela nota para a aprovação. Isso não é aprendizagem”, ressalta. Segundo ela, escapar dessa lógica é complexo e, ironicamente, tem se provado um desafio para ser vencido aumentando o volume de avaliações pelas quais os estudantes passam ao longo do ciclo letivo.

Para a educadora, a avaliação tradicional, formalmente chamada de somativa, tem um caráter naturalmente excludente. Isso porque classifica o estudante como bom ou ruim, suficiente ou insuficiente, aprovado ou reprovado. “Essa característica é um problema tanto para a autoestima dos jovens, cujos conhecimentos vão muito além dos conteúdos trabalhados em sala de aula, quanto para o trabalho dos educadores, que se vêem sem a possibilidade de melhorar os próprios métodos. Ao determinar se o estudante alcançou ou não a média exigida, não há nada que ajude a entender o que saiu errado para esse resultado”, explica.

Conclusão sobre as avaliações

Portanto, além de medir o que está ou não sendo absorvido, Deise defende que as avaliações também servem a um propósito mais amplo: o de compreender o que está levando os alunos a aprender ou não aprender. “A partir do momento que criamos a avaliação diagnóstica, construímos uma matriz de referência para verificar se o aluno realmente desenvolveu o eixo cognitivo e o eixo estruturante de cada componente curricular”, detalha. Ela ressalta que, para uma avaliação cumprir o papel, ela precisa dosar a linha de raciocínio do aluno e mostrar como esse raciocínio está evoluindo.

Dessa forma, o propósito não é atingir uma nota, mas dar ao professor as ferramentas necessárias para acompanhar o que o estudante absorve do trabalho do dia a dia. Há tempo para retomar os conteúdos, corrigir erros, revisar conceitos que apresentem lacunas. “Quando o aluno chega à avaliação somativa, aquela que encerra a etapa letiva, ele tem a possibilidade de apresentar um resultado diferenciado, porque ao longo do ciclo a avaliação diagnóstica apontou as falhas, e a formativa foi dando informações do que era necessário trabalhar ou retomar”, finaliza a especialista.

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