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A segurança sanitária na volta às aulas

12 agosto 2020 | Gestão Escolar

Saiba o que dizem as recomendações feitas por autoridades nacionais e internacionais para o retorno das aulas presenciais

A implementação das medidas de segurança sanitária na volta às aulas provavelmente será a etapa do planejamento de retomada mais vigiada pelos pais. Embora outros aspectos, de gestão e pedagógicos, também mereçam atenção, os protocolos para evitar contaminação da Covid-19 é que vão ditar todas as decisões a serem tomadas.

Alguns protocolos já começaram a ser divulgados no Brasil, para garantir que alunos voltem à escola com mais segurança, seguindo uma série de ações para evitar o contágio na comunidade escolar. 

Organizações internacionais como a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) também divulgaram recomendações de segurança sanitária, com base nas diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Por isso, reunimos algumas das principais diretrizes que já foram anunciadas por órgãos nacionais e internacionais. Como sempre, é bom ressaltar que no Brasil cada estado deve atuar com suas regras sanitárias próprias. A ideia deste post é auxiliar gestores para que possam se preparar adequadamente para o tão desejado retorno às aulas presenciais.

Segurança sanitária segundo a Unicef

O documento divulgado pelo órgão internacional para dar diretrizes sobre o retorno às aulas dá as principais recomendações:

  • Evitar atividades que gerem aglomeração nos intervalos e recreio;
  • Reduzir tamanhos de turmas, para aumentar espaçamento entre alunos;
  • Realizar treinamento de todos os funcionários (administrativos, professores, pessoal de limpeza, entre outros) para a implementação de práticas de higiene e distanciamento físico;
  • Dar treinamento específico para equipes de limpeza, de modo a realizar a desinfecção dos ambientes, sempre usando equipamento de proteção individual (EPI);
  • Aumentar a intensidade e frequência da limpeza;
  • Melhorar as práticas de tratamento de resíduos;
  • Monitorar a saúde de funcionários e alunos;
  • Fornecer orientações claras sobre como proceder em caso de alguém apresentar sintomas, criando espaço para a separação temporária dessas pessoas, sem criar qualquer tipo de estigma;
  • Fornecer orientações claras de quem não deve ir à escola, entre alunos e equipe (grupos de risco);
  • Dar ênfase à lavagem das mãos e à etiqueta respiratória (cobrir a boca e o nariz ao espirrar com lenço de papel, descartando-o em seguida no lixo. Caso não tenha lenço de papel, utilizar o antebraço, para tossir ou espirrar. Além disso, evitar tocar olhos, nariz e boca sem ter higienizado as mãos, o que deve ser feito com frequência).

Segurança sanitária segundo Ministério da Educação (MEC)

Embora tenham sido direcionadas para as instituições federais de ensino, o protocolo de biossegurança divulgado pelo ministério pode ser aplicado à realidade de muitas escolas. Confira as principais recomendações de segurança sanitária:

Medidas coletivas

  • Organizar as equipes para trabalhar de forma escalonada, com medida de distanciamento social;
  • Manter, sempre que possível, portas e janelas abertas para ventilação do ambiente;
  • Garantir adequada comunicação visual de proteção e prevenção de risco à Covid-19;
  • Organizar a rotina de limpeza do ambiente de trabalho e dos equipamentos de uso individual; 
  • Considerar o trabalho remoto aos servidores e colaboradores do grupo de risco;
  • Priorizar o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para a realização de reuniões e eventos a distância. Se necessário o encontro presencial, optar por ambientes bem ventilados.

Medidas individuais

  • Utilizar máscaras, conforme orientação da autoridade sanitária, de forma a cobrir a boca e o nariz;
  • Seguir as regras de etiqueta respiratória para proteção em casos de tosse e espirros;
  • Lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool em gel 70%;
  • Evitar cumprimentar com aperto de mãos, beijos e/ou abraços;
  • Respeitar o distanciamento de pelo menos 1,5 metro (um metro e meio) entre você e outra pessoa;
  • Manter o cabelo preso e evitar usar acessórios pessoais, como brincos, anéis e relógios; 
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres, materiais de escritórios, livros e afins.

O MEC fez recomendações específicas de como a escola deve agir em áreas, como salas de aula, laboratórios, auditórios e até estacionamento. As principais são:

  • A aferição da temperatura de servidores, estudantes e colaboradores na entrada da Instituição e de salas e ambientes fechados;
  • A limpeza periódica em locais utilizados com maior fluxo de pessoas;
  • A limpeza intensiva de banheiros e salas de aula; 
  • No uso de bebedouros, deverá se evitar contato direto com a superfície, devendo ser utilizado papel-toalha com possibilidade de descarte em coletor de resíduos com acionamento sem contato manual e, posteriormente, realizar a higienização das mãos; na impossibilidade do cumprimento de tais orientações, recomenda-se a interdição dos bebedouros;
  • Não manusear celulares e bolsas dentro dos laboratórios.

Segurança sanitária segundo a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep)

Para auxiliar as escolas na volta às aulas, a Federação criou o Plano Estratégico de Retomada das Atividades Educacionais do Segmento Educacional Privado Brasileiro. O projeto da entidade contou com a orientação da Sociedade Brasileira de Infectologia. O plano contempla, além do protocolo no âmbito da saúde, orientações pedagógicas e jurídicas para a reabertura das escolas.

Conheça as 17 orientações de segurança sanitária na volta às aulas do plano da Fenep:

  1. Organizar o espaço para que os alunos sempre estejam pelo menos a um metro de distância dos outros;
  2. Higienizar diariamente a unidade educacional com água sanitária diluída (1 colher de sopa por litro de água), antes da chegada das pessoas envolvidas nas atividades presenciais;
  3. Disponibilizar álcool em gel 70% em todos os espaços, especialmente nas salas de aula;
  4. Orientar que todos higienizem as mãos ao chegar à escola;
  5. Promover e fiscalizar o uso obrigatório de máscaras por todos dentro da instituição de ensino;
  6. Realizar medição de temperatura de todas as pessoas no momento do ingresso;
  7. Promover isolamento imediato de qualquer pessoa que apresente sintomas, orientando as famílias ao procedimento de quarentena;
  8. Notificar casos confirmados às autoridades de saúde do município;
  9. Promover demarcação de espaços físicos, de forma a aprimorar o distanciamento social;
  10. Manter professores e funcionários que pertencem a grupos de risco afastados das atividades presenciais, reorganizando-os em alguma das modalidades remotas possíveis;
  11. Desenvolver treinamento intenso e contínuo de trabalhadores, alunos e familiares sobre este protocolo de saúde;
  12. Realizar o mesmo treinamento com famílias da comunidade escolar;
  13. Recomendar que, se possível, alunos e funcionários levem um calçado extra, para usarem dentro das salas de aula;
  14. Recomendar que, se possível, alunos e trabalhadores devem levar máscaras extras para realizar a troca a cada três horas, durante o período escolar;
  15. Recomendar a alunos e trabalhadores que, se possível, levem sua própria toalha de mão de tecido, para uso individual;
  16. Disponibilizar em todas as vias de ingresso à instituição de ensino tapetes úmidos com água sanitária;
  17. Garantir que os ambientes estejam o mais arejados possível, especialmente salas de aula, realizando atividades educacionais, sempre que for viável, em áreas abertas.

Esperamos que, com essa breve compilação de recomendações de âmbito nacional e internacional, possamos ajudar a sua escola a dar início ao plano de segurança sanitária na retomadas às aulas. Aqui, em nosso blog, você pode conferir outros textos com dicas de como agir nesta pandemia. Para saber das novidades do Sistema Positivo de Ensino, acompanhe nossas páginas no Instagram, Facebook e YouTube.